sexta-feira, 24 de novembro de 2017

As coisas que tocaram meu corpo

Diante de um copo de café amargo senti o gosto destes dias os quais atacaram meu corpo de forma violenta. O caos não consumido mais de criatividade vi meu rosto marcado pela reivindicação do tempo  que sinaliza as prévias de uma velhice incerta. Escrevo para repousar minha cabeça no divã das letras desses parágrafos de mentira velada de algum ex-crito de valor. Quando não consigo mais acompanhar um sorriso sincero todos os outros são cínicos. Porque escrever não me deu espaço substancial para agradar a quem recebe esse prognóstico de cansaço. É uma maldade que escapa nosso desejo de sobressair. É covardia com a literatura fina dos artistas anônimos perdidos na desilusão da demografia urbana quadrada  e rarefeita de virtudes de exotismos libertários. Toda narrativa desta e de demais ordens atendem a mim como o último recurso de sobrevivência de emaranhados sentidos não-essenciais do meu ser-não-ser-para-ser. Os golpes de facadas opiniões que são análogos à um tiro de eficaz calibre de canos mortais. Uso as palavras para mentir também. Mas é uma mentira desprovida de véus. Ou seja: todo mundo vê. Que palavras estaremos vestidos na revolução da militância poética? Os dias normais estão imorais e em quebranto da minha alma de drenagem endorreica. Atento a todos estes sinais. Segue a vida medíocre com retoques de argamassa ainda fria de que não dizem ainda como estou. Mas onde estou. O bilhete no fim da caixa de Pandora nos advertiu de tudo isso. Mas esqueço porque estavam escritos com o sangue de alguém. Por não saber terminar digo: não sei por qual juízo comecei. Digo só do que segue

domingo, 12 de novembro de 2017

Civil bestialidade

Dura como és tu cidade
Malvada, vil, imbecil
Odiosas verborreias
De quem pra quem
 se acha tão rascunhado civil

Outrora veja que de venenos
O combustível de aclamado horror
Volta-se entretanto para contra pessoas
Desavisos que entre prédios
não há mais amor

De frente estou com o tempo
Jogando na cara e dizendo
Que ele não ameniza
Acordaremos num outro cronos-cosmos
Com a certeza de quem profetiza.