terça-feira, 27 de agosto de 2013

O paralelo mundo da paz

Ando em paz pelas ruas do centro da cidade. O frio, o barulho do fim da tarde. A banca de revista se fechando, estudantes esperando pelo ônibus. Olhando tudo aquilo por instantes pensei não estar numa metrópole. Pensei no prazer da vida. Na oportunidade rara de sossego, de poder observar as coisas ao meu redor sem a burocracia da formalidade, ou mesmo do cansaço doentio. Do meu lado senta uma vendedora de chicletes, tão humana ao me contar da correria do seu dia. Tão honesta em seu ofício. Tão ela, tão desesperada e tão em paz. Guardo estas cenas com muitos outros detalhes, porque sei que a calma não caminha por aí todos os dias. Fecho meus olhos e me deixo levar por qualquer som da sutileza. Pela forma de como tudo conspirou e ajustou as minhas lentes do mundo para me tocar com instantes da simplicidade. Do bem que fiz a mim mesmo, as minhas próprias conclusões quero nelas me contagiar. Para sempre....

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