quinta-feira, 22 de maio de 2008

O que maio me traz




Primeiro vou abrindo as portas da idade. Mais um ano vai entrar no meu rosto, na minha juventude, nos espaços das minhas experiências, retocando detalhes das minhas opiniões, revelar ideologias mais refinadas, derrubar as teses da existência...
Maio traz o outono levemente frio para apaziguar tristezas quentes. O zodíaco balança entre Touro e claro meu favorito, Gemeos. E nesta química eu envelheço na cidade, nos meus perfis virtuais. Envelheço sutilmente para os espelhos da alma. Mas tudo isso tem suas delícias, quando olho para mim mesmo e renovo meus encontros com a felicidade, lado a lado para depois de 364 dias eu refazer essas reflexões em um único dia, aquele que me foi reservado na história das conquistas pessoais. Assim celebro 23 anos.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Kaly, me espere na esquina



Ele vivia me dizendo coisas belíssimas, e ainda diz. Quando me escrevia minha imaginação ganhava dimensões que hoje percebo inviáveis. Mas como se fosse uma espécie de desejo para a infinitude dedicava horas dos meus escritos diários para contemplá-lo a meu modo, descrevendo que coisa bonita era encontrar com ele todas as manhãs contrastando com suas mechas ruivas tão rebeldes quanto ele. Mas o tempo passou e está passando para nós. A idade está mastigando nossa juventude. E segundo me consta estamos mais tempo distantes do que sorrindo juntos. É injustiça sem precedentes. Poderia ser diferente, se eu pudesse correr ao telefone e te discar e dizer: "Kaly, na esquina eu te espero". E um novo abraço, velhas histórias daria a mim um dia mais digo de ti amigo.




Para Bruno

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Desculpas para Manuel Bandeira


Caro Bandeira...
Pasárgada era meu paraíso imaginário, meu refúgio íntimo. Apesar de ainda continuar linda, cheia de ares de uma dita verdadeira "civilização" descobri uma nova dimensão. Desculpe-me mas estou indo rumo a Babylon. Pasárgada é inocente demais para estes tempos.
Lá em Babylon é destituída a monarquia, não tem rei. E por esta mesma razão não poderei ser amigo dele. Este novo lugar cada um manda e imprime a sua vontade sem opressão .É um mundo poeticamente remodelável, onde posso também ser rei, mas se outra pessoa quiser sê-lo também dou livre passagem, porque lá a lei é das delícias. A religião que se professa é o prazer e
é por isso que todo mundo lá adora os cultos..Ninguém os perde. E eu que não me atreveria perder. Neste assunto os babylonenses são fundamentalistas, radicais.
Ninguém é caça, todos são caçadores. A alegria, a satisfação impera naquele território
tão diferente. Não quero com isso desprezar Pasárgada porque ela é um destas cidades o que seria pra gente aqui na Terra como a Grécia é para o mundo, clássica. Mas Babylon é o segundo estágio, a nova civilização que eu vou defender como Bandeira.

Fonte Imagem: http://www.bluedive.com.br/

Solidão


Quando eu narro a solidão, não é um estar sozinho vulgar como muitas pessoas fazem apologias. É uma solidão cotidiana, das mais horrorosas que eu já vi.
É como se o mundo fosse mudo. A solidão é fria como as salas que eu frequento. As pessoas que estão nelas também não são diferentes. As vezes me pergunto: o que estas pessoas gostam de ouvir? Como é o quarto onde elas dormem? Quais os sonhos que elas têm? São felizes ou condenadas a serem felizes?
Que momento triste é esse da vida, e por que ele tinha que aparecer bem no melhor da minha juventude? Tinha que ser agora?
Obrigo-me a ouvir Balada para Giorgio Armani, porque é esta canção que imortaliza minha época

Fonte da Imagem: http://cache01.stormap.sapo.pt/fotostore02/fotos//28/80/7d/16557_00024y9f.jpg