quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Terminar

Findar...
Para terminar há sempre muita coisa de nostalgia, de prazeres que cabem nas frestas da memória.Terminar nunca é fácil. Tem lá seu empenho igual é para começar. Recomeçar talvez. No recomeço ainda se tem o rumo, mas começar não. Terminar...é mais dramático ainda, embora toda expectativa, esperanças e anseios caminhe para esta hora, que depois dela, ninguém sabe o que faz. Do maior ao menor fui rápido. Mas não pensava que queria terminar
Alguém que não seja escritor compreende a angústia de quem escreve? Alguém se prontifica a me regalar uma frase sequer para eu fugir dessa enorme responsabilidade?
Em não suportar mais, termino.
Feliz 2009

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

For-matando

Toda vez que reescrevo a solidão,
Corrijo letras tortas da caligrafia do coração.

Assassino dizeres tantos
e mostro o quão cruel pode ser um traço.
Te pergunto:
"- Há um amor que te valha meu abraço?

Existe o prédio da forma, portanto?"
Formando... Formou o que se forma.

Formol

Reformas... da porta pra fora:
Você me devora;
Eu te assino. Assassino por hora!

Edifícil, projeto céu. Arranha, afunda e mora.
"- Por favor, a sua forma: me deforma."

Garagem a fora sou vitro.
Sem mata, desmata...
Desforma.


Gadiego Cieser e Leandro Caetano

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Rockalizar

O que eu espero imortalizar, eu rockalizo.

Porque com rock se mobiliza,

se abala...

Se imortaliza





Para João Damásio, que gosta de rock. E de escrever também

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Ur-banidade



A Cidade está inacabada.
Fomos ontem mesmo às obras brutas
e tudo parecia barro cru.


Estão sugerindo cortinas, paredes tortas e remotas.
Velhas tomadas
para abafar concretos retos. Discretos.


Somos, ao meio, divididos pelo cansaço alegre
e pela sorte de sobreviver dia por dia. Melancolia...

Onde estão os ventos rebeldes?
Nos lugares vazios?


O belo é condição dos tempos novos,
E nós? Esqueletos armados?


Mas, pelo que dizem,
a ladeira verde continuará a sua descida
e nós – pálidos de morte – viveremos até a partida.

A Cidade está faminta! Sedenta... Do quê nos alimenta?


São regras vândalas do cotidiano morno.
Com os caminhos banidos,
Sãos e Mortos até o retorno!


Leandro Caetano e Gadiego Cieser

domingo, 16 de novembro de 2008

O Assalto

Fazia tempo que não me assaltavam. Parece dessas coisas que a gente já espera vivendo em uma cidade grande. Assim, grande no tamanho, mas pequena em outras coisas.
O cara queria tudo de valor que eu tinha. Deu vontade de rir, porque como eu daria minha honestidade para ele?
Enquanto ele falava, e me torturava a covardia e o medo, eu tremia, olhava nos olhos dele, me sentia ora ameaçado, ora fortalecido, ora inconsequente. Quando te roubam algo não é só a metéria que vai embora. O tempo também vai, o palco da vida põe luzes exclusivamente em você. Aquele momento é você e o meliante. É uma solidão cáustica, uma fragilidade presente não só em mim, mas nele também. Porque ali é a hora do nivelamento. Eu refletia essas coisas...Ele, me confundindo com um garoto de programa, me chamando de desgraçado. Só assim eu pude ter em mim de uma uma só vez todos os personagens da rua urbana.
O ladrãozinho...sedutor ladrãozinho. Veio sorrindo. Claro, ele devia pensar: "Sorrindo a gente parece inocente"E foi ele rindo e me roubando, me atormentando, que eu negociei míseros 20 reais. Quando a cidade nos adestra, a gente até dialoga com um ladrão, pelo juízo da sobrevivência.
O onibus finalmente chegou. Subi. Ele lá na parada, sorria pra mim, igual quando chegou. Eu sorri também. Não resisti. Foi aí que eu entendi que não fui roubado.
Eu comprei aqueles minutos de sedução.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

O Evangelho segundo a Imaginação



"Está lá escrito, no primeiro capítulo "Orai e Vigiai", mas me vigie pela madrugada que é quando eu tenho mais vontade de você, que é também quando eu não vigio os meu atos, portanto vigiai. E orai, porque a tentação vai reinar naqueles milímetros que separam as minhas mãos das tuas cobertas. Descobertas.

Assim, tem escrito também "O senhor é meu pastor, e nada me faltará" mas em faltará já estão faltando as pastoras. Cadê as pastoras?? Essas adoráveis mulheres de fé, para amenizar essa fé demasiada masculina. O senhor é meu pastor, então trará as senhoras pastoras para animar o culto.

Falam muito também que Jesus andava e convertia as prostitutas. E andaria com elas mesmo, porque elas eram mais felizes. A conversão era para que elas suportassem aquele lugar e a ignorância dele.

E no sétimo dia, Deus fez o domingo de futebol, amigos em casa, felicidade brasileira. Desse modo, o livro da Gênese se criou. Eu estava sentado ao lado do Todo Poderoso ajudando a escrever o sétimo dia e é por isso que muita gente gosta dele.Quanto aos mandamentos, bem... Foram revogadas algumas leis, principalmente aquela de não cobiçar a mulher do próximo.Tolice horrenda ! As mulheres ganharam o direito de cobiçar o homem da próxima para que assim fosse mas feliz a construção da humanidade. Deus é mais humano do que se pensa. Sem essa permissividade, como se explicaria o Brasil? Um ato inconstitucional na lei Divina?

Muito bem, tem o Apocalipse também...Coisa chata gente, essa história de juízo final quando na verdade eu nem aproveitei a minha falta de juízo inicial. Tem coisas escritas que são mal interpretadas. Quando Jesus faz o milagre da multiplicação do pão e do vinho ele queria ver o povo em festa e feliz . E com festa de primeira qualidade, mas como hoje cada um interpreta as coisas como quer, esqueceram de falar desse nosso irmão celestial, tão camarada com a alegria, mas tão incompreendido pelo resto da nossa família imoral que se diz cristã."

Depois destas considerações, eu continuei falando com minha mãe, sobre religião. Eu deixei ela falando. Eu claro, ria. E ela perguntava e eu dizia: "Nada não mãezinha, estou em estado de graça". E novamente aquele ritual sacro-chato ficava rondando a prosinha entre minhas risadas. Até que disse: "Mãe, põe na cabeça: Jesus Cristo não é cristão". Levantei e fui embora. Outra pregação para minha mãe eu não aguentaria. Imagine só o dia que eu for explicar a Santa Ceia?

Gadiego Cieser


Fonte da Imagem:http://flowtv.org/wp-content/uploads/2007/10/fractal.jpg

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Artesanato

Tardes noites sem pressa
A conversa que nos arremessa
Em diálogos artesanais
Assim como o amor que nos espera

Nos braços de um outrem
Quando quer e quando vem?

Assim vamos a esperar
E rindo, e nos angustiando
Chorando...
Mas felizes também

Nós sabemos que
Em qualquer lugar que ele esteja
O nosso beijo ainda terá gosto de cerejas
Frescas...

Assim, virtualmente
Em contos desesperados
Esperamos um ao outro para
Redesenhar a amizade
Colecionar decepções

Portanto e quanto
Sabes que é chegada a hora
De mostramos os retratos
Criar nosso movimento do "Amor Artesanal"

Eles de lá
E nós ?
Bem nós vamos pra lá também...

Claro, esperando a bebida entrar para verdades sairem.

Termos que só nós conhecemos


Para Leandro Caetano

terça-feira, 29 de julho de 2008

Georgia on my mind

O frio está findando julho.
Só não finda meus sentidos dessa burra lógica de amar, de querer bem as pessoas. Eu mastigo amargas respostas para deixar outras dúvidas mais amargas ainda. Até o momento a redundância tem sido muito privilegiada. E Georgia on my mind toca on my mind, my heart, nos meus ouvidos...Inclusive na vontade de chorar um pouquinho. E depois vem You are so beautiful sendo muito inconveniente nessa ocasião .
Então repito Georgia.
O café ficou pronto
Georgia on my mind invadiu minha casa
A sala, uma conversa ... O fim dela também... I said Georgia
Enfim o choro que já se atrasava porque
"...on my mind" ja findava
Julho também
A redundância não. Porque ela não consegue romper de dentro de mim para tocar essas paredes ridículas.
Georgia conseguia
o que estas frases não conseguem.

domingo, 20 de julho de 2008

Goiânia, my fashion Week

O mundo está mesmo demais
Depois de tanto inverter a roda
Paris, New York nunca mais
É Gyn City meu caro, a nova rota da moda


Um desfile na Anhanguera Avenue
É só celebridades de sacolas
Mas o que cidadão daqui nunca viu
E que na passarela astros também pedem esmolas

E concidadãos celebram então
Um momento de distinta euforia
Mas que nas ruas quando soam um não
Cada um dá o que pode
Nessa falsa alegria

Gadiego Cieser

Fonte da Imagem: http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://bp3.blogger.com/_x4NnyINJ_GU/RdEjgdWjHfI/AAAAAAAAAB8/wrMBrAB-KOo/s400/httpantarcticasouthpole.free.fr-images-mendigos_I.Mora_min.jpg&imgrefurl=http:


La voyage


Um gole e estou no espaço sideral

Não espere por mim. Já estou lá

A tirania sempre pega mal

Que feio; gente honesta é tão pontual


Covardes... Não tirem minha paz

Apesar de saber dos seus fulos segredos

Contarei só a mim mesmo e ninguém mais

Mas em mim há vários mesmos a esmo. Mesmo


Se por acaso eu parar na esquina

E for abordado por animais virais

O circo estará armado de gente fina

Voltando comigo para um gole...


...Espaços Siderais


Gadiego Cieser


Assim que levantei




Viu? Percebes que sou capaz?

Um pouco não te olho de frente

Mas bem sabes que não quero mais

Dar-te de mim sentido diferente



Acredite! E acredite bem maiúsculo

Que cada passo provoca o medo

De encontrar o meu no teu músculo

E no fim, história de amor. Enredo



Pois então agora já compreendes

Meu tempo tem mais esperança

Porque tu desististes das sementes

Aquelas que adulto colhemos



Mas que plantamos quando criança

Gadiego Cieser

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Diogo, João e eu

Diogo, João e eu...
eu visito o diário do Diogo e do João
Mas antes que eles digam não
Já estavam em aventura visitando o meu...


Para Diogo Damasceno e João Damásio

segunda-feira, 23 de junho de 2008

A vida no modo Stand By


No fato a gente coleciona o trato furado
Depois disso, vem as expectativas
Furadas... sempre furadas
Quando a gente já não sabe mais que gosto tem
Um pedacinho de um outro alguém.


terça-feira, 3 de junho de 2008

Questão!

Pergunto: os sonhos honestos são possíveis?

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Trechos de " O livro do amigo e do amado" escrito por Ramon Lull ou Lúlio


" O amigo andava desejando o seu amado e encontrou dois amigos que o saudaram com amor e choros, e abraçaram-se e beijaram-se. O amigo desmaiou, tão fortemente os dois amigos lhe lembraram o seu amado."

"Perguntaram ao amigo: "Aonde vais?" "Venho do meu amado." "De onde vens?" "Vou ter com meu amado." "Quando voltarás?" "Estarei com o meu amado." "Quanto tempo estarás com teu amado?" "Tanto tempo quanto nele ficarem meus pensamentos".

Fonte da imagem:http://www.fantasyarts.net/images/rodinkisslg.jpg

quinta-feira, 22 de maio de 2008

O que maio me traz




Primeiro vou abrindo as portas da idade. Mais um ano vai entrar no meu rosto, na minha juventude, nos espaços das minhas experiências, retocando detalhes das minhas opiniões, revelar ideologias mais refinadas, derrubar as teses da existência...
Maio traz o outono levemente frio para apaziguar tristezas quentes. O zodíaco balança entre Touro e claro meu favorito, Gemeos. E nesta química eu envelheço na cidade, nos meus perfis virtuais. Envelheço sutilmente para os espelhos da alma. Mas tudo isso tem suas delícias, quando olho para mim mesmo e renovo meus encontros com a felicidade, lado a lado para depois de 364 dias eu refazer essas reflexões em um único dia, aquele que me foi reservado na história das conquistas pessoais. Assim celebro 23 anos.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Kaly, me espere na esquina



Ele vivia me dizendo coisas belíssimas, e ainda diz. Quando me escrevia minha imaginação ganhava dimensões que hoje percebo inviáveis. Mas como se fosse uma espécie de desejo para a infinitude dedicava horas dos meus escritos diários para contemplá-lo a meu modo, descrevendo que coisa bonita era encontrar com ele todas as manhãs contrastando com suas mechas ruivas tão rebeldes quanto ele. Mas o tempo passou e está passando para nós. A idade está mastigando nossa juventude. E segundo me consta estamos mais tempo distantes do que sorrindo juntos. É injustiça sem precedentes. Poderia ser diferente, se eu pudesse correr ao telefone e te discar e dizer: "Kaly, na esquina eu te espero". E um novo abraço, velhas histórias daria a mim um dia mais digo de ti amigo.




Para Bruno

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Desculpas para Manuel Bandeira


Caro Bandeira...
Pasárgada era meu paraíso imaginário, meu refúgio íntimo. Apesar de ainda continuar linda, cheia de ares de uma dita verdadeira "civilização" descobri uma nova dimensão. Desculpe-me mas estou indo rumo a Babylon. Pasárgada é inocente demais para estes tempos.
Lá em Babylon é destituída a monarquia, não tem rei. E por esta mesma razão não poderei ser amigo dele. Este novo lugar cada um manda e imprime a sua vontade sem opressão .É um mundo poeticamente remodelável, onde posso também ser rei, mas se outra pessoa quiser sê-lo também dou livre passagem, porque lá a lei é das delícias. A religião que se professa é o prazer e
é por isso que todo mundo lá adora os cultos..Ninguém os perde. E eu que não me atreveria perder. Neste assunto os babylonenses são fundamentalistas, radicais.
Ninguém é caça, todos são caçadores. A alegria, a satisfação impera naquele território
tão diferente. Não quero com isso desprezar Pasárgada porque ela é um destas cidades o que seria pra gente aqui na Terra como a Grécia é para o mundo, clássica. Mas Babylon é o segundo estágio, a nova civilização que eu vou defender como Bandeira.

Fonte Imagem: http://www.bluedive.com.br/

Solidão


Quando eu narro a solidão, não é um estar sozinho vulgar como muitas pessoas fazem apologias. É uma solidão cotidiana, das mais horrorosas que eu já vi.
É como se o mundo fosse mudo. A solidão é fria como as salas que eu frequento. As pessoas que estão nelas também não são diferentes. As vezes me pergunto: o que estas pessoas gostam de ouvir? Como é o quarto onde elas dormem? Quais os sonhos que elas têm? São felizes ou condenadas a serem felizes?
Que momento triste é esse da vida, e por que ele tinha que aparecer bem no melhor da minha juventude? Tinha que ser agora?
Obrigo-me a ouvir Balada para Giorgio Armani, porque é esta canção que imortaliza minha época

Fonte da Imagem: http://cache01.stormap.sapo.pt/fotostore02/fotos//28/80/7d/16557_00024y9f.jpg

sábado, 26 de abril de 2008

O Sol


Coisa linda é o sol. A gente é que mal sabe apreciá-lo. Digo isso porque tentei fritar meus pensamentos horrendos no sol e ele queimou... Quando quero carbonizar minha luta, ele está lá, tão radiante e tão maior que eu que qualquer lugar onde eu ousar me esconder ele manda notícias, porque ninguém pode com o calor. O calor é filho do sol, tem a mesma genética. Lá no sol, mora as explosões, essas que a gente arremesa na ira quando quer mandar tudo pro fim do mundo. Vou me mudar pra lá... Assim todos saberão da minha existência porque serei radiação, luz e calor, mas ninguém me verá se não tiver recursos melhores. A olho nu sou muito... difícil pra vocês.

Fonte da imagem: www.astro.iag.usp.br/.../artigos/sol2.jpg

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Cansaço


Depois de sábado passado, dia 19/04 quando estive na apresentação do Espetáculo da Quasar Por instantes de Felicidade fiquei pensando em uma das partes da apresentação, em que uma das dançarinas dizia que "o que dava mais prazer a ela é fazer nada quando mais se tem para fazer". Que inveja dela!!! Porque eu não tenho este mesmo prazer, eu não posso falhar com a responsabilidade. E as vezes estou cansando de ter que estar em tantos lugares, tantas responsabilidades exclusivas. Falta de tempo realmente não é desculpa, mas prioridades dele são! Aos poucos duvido das coisas em mim que são da minha natureza e daquelas que estão sendo "modeladas" por ela. Um dia seria delicioso demais largar todos os compromissos e dormir horas seguidas em um lugar silencioso, ou mesmo namorar, ou mesmo aquele tempo para eu me amar mais um pouco. Amar o teatro, amar o meio ambiente, a Geografia, a dança, tem rondado todos os dias a minha cabeça, mas cadê a MINHA HORA ? Eu escrevia coisas legais, tinha tempo para escrever coisas legais. Mas agora LEGAL pra mim tem uma conotação de lei. Não viajo mais nem na minha imaginação, que já foi mais fértil.
E todos os dias fico reservando consolo para repensar quando será meu dia de paz.

Fonte da Imagem: http://chacho.blogia.com/upload/20060714043706-cansado.jpg

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Se acaso você chegasse...

Composição: Lupicinio Rodrigues

Se acaso voce chegasse
No meu chateau encontrasse
Aquela mulher
Que voce gostou
Será que tinha coragem
De trocar nossa amizade
Por ela
Que já lhe abandonou

Eu falo porque essa moça
Já mora no meu barraco
À beira de um regato
E um bosque em flor
De dia me lava a roupa
De noite me beija a boca
E assim nós vamos
Vivendo de amor

In Versos



Todos os versos por Gadiego Cieser

Aniversariar

Nascendo todos já estão envelhecendo
Aniversariar não
Porque envelhecer não é cumprir aniversário
Aniversariar é reverenciar a novidade
De que sou mais parte do que virá
Do que estigmas do que ficou.


Caminhada

Quando caminhar deixou de ser só com as pernas
Entendi o que existe por trás das coisas
Porque tudo era caminhada
Tudo tinha partida
Mas toda luta que chamo de caminhar
Tem o desejo da chegada
E assim construo as premissas
De que com as mãos posso dignificar
Os desenhos que registram o tempo.



A água veio e lavou...

A água veio e lavou
Todas os restos de poesia
E para onde essa água seguiu
Fez uma enxurrada de alegria
E no solo onde parou
Misturou-se as minhas lágrimas que
estando ali, um lago se consumou
E mergulhei em um mundo de sensações
Que tocou pela infinidade
Novos versos...novas emoções
Não sei se toda minha natureza vai secar
mas se assim vier, ainda sim terei
Nas palavras amigas a frescura de amar.


Paradas

Grandes, graúdas coisas

Ínfimas e íntimas

Dentro, o rebento

De fora,

Quem namora

Fica....

Entretido com maricas ricas

Aqui no centro

Atento para

Versinhos...

Murchos e esdrúxulos



Interrogatório

Qual é a sua laia ?

Qual é a lama ,

De que faz a sua fama?

Mora em tocaia?

Com voz, grita

E com fome?

Irrita

Cadê a palavra?

Com água então...

Solução

Para dois, nós dois

Prato de arroz com

Farinhas

De poesia

Fonte da Imagem: http://www.claudinhanet.com/escrevendoquasesempre/poesia.jpg

Rotina...



Banho, um café (bom ou ruim, não importa), ônibus...E gente, muita gente, falando de qualquer coisa, se misturando na chatice das freadas bruscas, no meio do copapso que é viver na cidade.
Onde nesse minúsculo espaço mora a emoção? Quando eu começo a refletir por isso eu já tenho que saltar, na plataforma apertada assim como o coração. Novo ônibus, velhas expectativas. E assim a eu sinto que o dia apesar de acelerar o caléndário, estacionou nas convenções. E eu também, com livro na mão percebo que se continuar assim vou me misturar a essa paisagem tão paisagem e ser mais um ícone ultrapassado nas frestas do esquecido "Bom dia".

Fonte da Imagem:http://www.your-soul.com/archives/rotina.jpg

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Redefinindo o que é amor...


O verdadeiro amor é aquele que a gente entrega à arte. As outras coisas que a gente chama de amor, são meras tentativas de amar.




Fonte da Imagem:milcoisas.blog.com.pt/uploads/sorriso16.jpg

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Hoje

Começo uma série de coisas minhas...pode ser que eu narre os outros também