segunda-feira, 16 de março de 2009

Naufrágio

Entro no meu barquinho e me lanço ao mar...Um silêncio, muito silêncio. Deus caminha sobre as águas agora. Então....psiu, bem baixinho, mais silêncio. Só as águas conversam.Uma gota com outra gota, e juntas me levam para longe da praia. Isso porque a grandeza das mansas águas compreendem as vontades do meu coração. Minha alma reverencia os desatinos apelos de quem grita sozinho em alto mar.Viajo...durmo. O sol me desfalece, até perceber que sua semelhança comigo é coisa familiar, que ao tocar-me está tocando em um amigo. Já a lua não. É majestosa sozinha na minha viagem. Mais silêncio. O luar tem suas exigências e cobra por rigor. Eu, viajante, figurante ser nessa caminhada obedeço, porque sol e lua tem tudo que eu preciso para não me perder. Foi pensando nestes astros que eu fechei meus olhos, meu barquinho se desfez e eu fui afundando, descendo para o fim do oceano, com parte de mim no dia, e seu resto na noite. Assim aquilo que admiras está com você, infinitas vezes na existência para que me sintas e me busque onde estiver. Não me procure nos desalentos, nem grite. Eu estou por perto, esperando você naufragar.

2 comentários:

A rede de educação ambiental de goias disse...

Caro amigo,

Desculpe-me pela ausência... mas saiba o quanto prezo pela sua amizade e o quanto o respeito.

Felicidades nesta nova etapa de sua vida. Desejo toda energia positiva do mundo pra ti.

Abraços,
Diogo Damasceno

João Damasio disse...

É, digo o mesmo. Estive ausente dos blogs que visito por um tempo, inclusive do meu que há tempos não é atualizado. Parabéns por continuar nessa relação de amor com o Natural e descrevendo no poético.

Abs, JD.