quinta-feira, 12 de março de 2009

Fênix


Foi numa dessas estradas urbanas que eu encontrei as palavras que queria dizer a mim mesmo. As palavras fortes e confortantes. Nem o barulho dos carros me incomodavam. A lua perolava no céu e eu, sussurava "Strangers in the night" fazendo da rua meu salão de festa nesta casa que é o mundo. O vento, esse que passa entre um carro e outro me enchia de fina sujeira, mas também de gratidão ao meu sorriso que depois de muito tempo eu voltei a cativar para mim. Depois de muuito seguir, e criar poeminhas sentimentalóides sentei na grama para esperar o ônibus e do meu lado, uma garota falava ao telefone com o seu amor cheia de um certo ar de surpresa. O que ela não esperava é que ele estava atrás dela, tampando-lhe os olhos. Tanta pequena-grande felicidade inundou aquele lugar. E a minha felicidade também reluziu. O mundo foi ficando mais familiar pra mim, dentro de caminhos os quais não deveria ter pego atalhos. Agora eu já espero por aviões, pra chegar mais rápido onde o coração chega primeiro, onde caia diamantes do céu, onde as minhas mãos são travesseiros para afagar e acalentar o reencontro com Deus.
Saio do lado de lá...Amo a mim mesmo do lado de cá. Fim do luto. Sou Fênix, pronto pra voar.

Um comentário:

João Damasio disse...

Bom voo!!! Espero te encontrar por aí no céu ou ainda próximo à superfície... vamos voando, amigo.