Olhos lacrimenjantes
Manhã cerrada com a navalha de verdades
Era para me lastimar mesmo aquelas palavras?
Não tem recorte modesto
Quando vejo que do amor ao asco é um segundo
Um segundo pra mudar
Um dia inteiro de vãs expectativas
E o café desceu amargo
Mais que o usual
e olhava no espelho e pensava: poderia ir mais além?
Enfiou as mãos dentro do espelho
Tocou na propria face e se deu carinho
E sorriu mais uma vez.
Saiu e foi para a janela
Ver o sol desta era, de gente medrosa e doente
O mundo movimentava conforme seu atraso
Mas eu aponto o lápis e viro a página
Ainda sem tempo para escrever...
Sem o tempo para reescrever
Mas com o tempo de ver
Que do lado de lá, tem as flores cintilantes que me abrem as portas para o amanhã. Com um pouco mais de glória.
sábado, 23 de julho de 2011
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Um comentário:
E a lixeira fica cheia de dejetos recortados, raspados. Reutilazados, são adubo para as "flores cintilantes" do amanhã.
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