segunda-feira, 13 de junho de 2011

Nada literário

Muitas vezes procuro na escrita o conforto do meu dia, do meu ser. Não tenho vocação para ser escritor. Além desta não-vocação, pergunto se tenho vocação para alguma coisa. Com apenas 26 anos tenho tido preocupações banais para a idade. Em época em que a preocupação com a vaidade, com o futuro e coisas assim caminho por um lado e vejo-me ocupado de pensamentos para o amanhã; do outro lado a minha geração muito contente com o hoje, com a mentira do Carpe Diem que de fato não existe. Estou eu desalinhado com meu tempo? Quando eu me fiz esta pergunta nesta manhã, não consegui conter-me. Chorei e devo ainda hoje chorar mais um pouco. É hora de renunciar o que eu tenho planejado, aceitar certas condições e seguir? Ou devo ainda chorar uns dias mais e insistir nestas convicções? A dimensão da lógica tempo me agonia. Certifico-me de imensa segurança de que não estou nesta vida a passeio. Agregada a esta afirmativa tem o fato de que preciso de beijos, abraços, um sorriso motivador... De um outro alguém. E onde vou ou posso chegar? O que eu posso fazer por mim? Não sei. Preocupo-me quando começo a escrever demais.

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