quarta-feira, 22 de junho de 2011

Quando ela foi pra Vênus


No fim da tarde, ligou o carro, colocou um mantra e foi. Com óculos escuros foi tomando o caminho para fora da cidade em busca de paz. Chegou num lugar interessante, cheio de bonitas árvores, uma brisa acalentadora. Queria poder abraçar o mundo naquele instante. Tirou delicadamente os sapatos, enfiou os pés na terra e ali ficou por duas horas. Já estava pronta para ir. Para sair deste mundo. Era hora de ir pra imaginação. A passagem para lá é a morte daqui. Virou-se Eva, Messalina, Elizabeth, Joana D'arc, negra Anastácia e Iemanjá.
Depois com olhos perolados deixou que o mar invadisse toda a paisagem. Varrer o mundo era preciso. Permitiu-se ser a melhor força feminina do universo.
De mãos dadas com Deus ficou o adeus de que aqueles dias seriam os fiapos de eternidade que estaria por vir. De mirabolantes alegrias.

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